A afro musicalidade do Bando de Teatro Olodum

Este artigo objetiva evidenciar a importância dada à música pelo Bando de Teatro Olodum em seus espetáculos como mais um elemento dramático de comunicação com o público. Inicialmente, delineia-se uma breve linha do tempo com a história dessa companhia de presença e discurso negros e, em seguida, apresenta-se a utilização da linguagem musical em suas montagens. Percebe-se, assim, que a força dos tambores e o diálogo com outros ritmos contribuem para o desenvolvimento comunicativo por apresentar e intensificar o texto dramático numa orquestrada polifonia cênica

“Manifest”: a música como contestação ao Massacre do Carandirú

Este artigo tem por objetivo analisar sociologicamente a poética de contestação social expressa na música “Manifest” lançada no ano de 1993 no álbum intitulado “Chaos A.D.” da banda de rock metal brasileira Sepultura. A referida composição versa sobre o assassinato de 111 detentos da Casa de Detenção de São Paulo pela polícia militar do estado de São Paulo ocorrido no ano de 1992. Esse acontecimento ficou conhecido como “O massacre do Carandirú” e evidencia as violentas ações muitas vezes perpetradas por agentes públicos de segurança e o tratamento degradante ao qual é submetido parte dos detentos das penitenciárias brasileiras. Para tanto, as composições são tomadas aqui enquanto elementos simbólicos portadores de ethos pertinentes à determinada sociedade (Geertz, 2014), e, por isso, podem ser “lidas” como documentos que auxiliam no entendimento da realidade social. Metodologicamente, o texto inspirou-se no trabalho de Deena Weinstein (2000) que propõe analisar o heavy metal a partir de três dimensões: Dimensão Sonora, Dimensão Verbal e Dimensão Visual. Nesse sentido, para além da referida música, outros elementos – imagens do encarte do álbum, matérias jornalísticas e entrevistas com músicos e ex-músicos da banda –, serviram de dados ao estudo aqui apresentado.

El club de los guaseras; El cardenal Castrillón

Esta obra pertenece a la serie de El Club de los Guaseras. en la que se adopta la forma de un show de monólogos [presentador, cortinilla, invitado …], pero es llenado de un contenido que no le es propio a ese tipo de shows. En esa tensión entre lo que se está diciendo y la forma desde la que se está diciendo [en este caso formato de espectáculo frívolo de consumo rápido como es el club de la comedia], es decir, en esa dialéctica entre contenido y forma, en esa grieta es donde, al menos esa es mi intención, surge el Humor.