
Agora mesmo caiu um menino. Crivado de balas. Chutado, espancado, torturado. Caiu um menino, negro, pobre, “favelado”. Quando esse menino é filho de alguém famoso, como o da cantora Tati Quebra-Barraco, tem até direito a alguma divulgação. Mas, não se enganem. Ele ainda é culpabilizado por ser quem é. Se perigar, até a mãe é julgada. E assim segue a vida. Todo dia, a cada hora, cai um menino. Assassinado pelo estado, pelas gangues, por um desafeto. Morrer assim é cotidiano. E nos programas policiais essas mortes viram espetáculos grotescos, que somente servem para criar a pedagogia do medo. Os meninos e meninas são números, estatísticas sobre a violência, deles, é claro. E nesses quadros, são as vítimas que aparecem […]