
Segundo Gonçalina Eva, professora, quilombola e vice-presidente da Associação da Comunidade Mata Cavalo, em Mato Grosso, a regularização fundiária da terra está parada e se antes já não queriam regularizar, a pandemia se tornou mais um grande motivo para que os responsáveis parem tudo. Só nessa comunidade são 418 famílias que vivem a incerteza da garantia da terra. Isso apesar da posse do local estar documentada há 137 anos em testamento pela antiga proprietária aos ex-escravizados. “Nunca houve uma posse passiva desses quilombolas dentro da terra” afirma. E na época, como a elite da região não reconhecia o território como apossado, vários conflitos foram frequentes, com muitos pistoleiros ameaçando as vidas quilombolas. Além de fazendeiros, que foram tomando parte das […]